quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Desprender-se de coisas efêmeras para desejar as eternas, pede o Papa Bento XVI

Vaticano, 02 Set. 09 / 11:50 am (ACI).-
Na Audiência Geral desta quarta-feira, celebrada na Sala Paulo VI no Vaticano, o Papa Bento XVI alentou aos fiéis a desprender-se das coisas efêmeras para desejar as eternas, centrando-se na Eucaristia como fonte e cume da vida.
Retomando as catequeses sobre os grandes Santos da Igreja do Oriente e do tempo medieval no Ocidente, Bento XVI dedicou a de hoje a São Odo, o segundo abade da famosa Abadia de Cluny, na França. "Desde aquele centro de vida espiritual pôde exercer um grande influxo nos monastérios do continente europeu", difundindo a vida e a espiritualidade inspiradas na Regra de São Bento. Faleceu no ano 942.
O Papa Bento recordou que entre as virtudes do santo destacam "a paciência, o desapego pelas coisas terrenas, o zelo pelas almas, seu empenho pela paz, o cumprimento dos mandamentos, a atenção aos pobres, a correção dos jovens e o respeito pelos anciãos".
"Merece uma particular menção a devoção ao Corpo e ao Sangue de Cristo, que Odo, frente a um estendido descuido que deplorava energicamente, cultivou sempre com convicção. Estava realmente persuadido da presença real, sob as espécies eucarísticas, do Corpo e o Sangue do Senhor, em virtude da conversão 'substancial' do pão e do vinho".
São Odo dizia que "só quem está unido espiritualmente a Cristo pode participar dignamente de seu Corpo eucarístico; em caso contrário, comer sua carne e beber seu sangue não seria de proveito, mas sim de condenação", prosseguiu o Papa.
O Pontífice explicou além que "São Odo foi um verdadeiro guia espiritual também para os fiéis de seu tempo. Frente à 'imensidão dos vícios' difundidos na sociedade, o remédio que propunha com decisão era uma mudança radical de vida, baseado na humildade, na austeridade, no desprendimento das coisas efêmeras e na adesão às eternas".
Depois de destacar do santo a "profunda bondade de seu ânimo; sua austeridade", o Papa disse que "difundia ao seu redor a alegria da que lhe embargava. Com sua ação incisiva alimentava nos monges, assim como nos fiéis leigos de seu tempo, o propósito de progredir com passo solícito pelo caminho da perfeição cristã".
"A bondade de São Odo, a alegria que deriva da fé toque nosso coração e que também nós possamos encontrar a fonte da alegria que vem da bondade de Deus", concluiu.
Em sua saudação aos fiéis de língua espanhola, o Papa Bento XVI assinalou que São Odo, "amava contemplar a misericórdia de Cristo, a quem qualificava como 'amante dos homens', que morreu por nós. Sob sua austeridade de reformador, destacava sua profunda bondade, difundindo em seu entorno a alegria que o inundava".

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